quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ATIVO OU PASSIVO?

Brincadeiras à parte, essa questão norteia a cabeça de muitos baixistas. Afinal, quando o assunto é contrabaixo, não há como definir qual tipo de sistema é o melhor. Os modelos Jazz Bass e Precision da Fender, por exemplo, são ótimos e com sistema passivo, enquanto os baixos da Warwick possuem um fenomenal ativo desenvolvido pela MEC.

Em compensação, há passivos que quase não manifestam som e ativos que o distorce. Portanto, não existe uma fórmula quando o assunto é optar entre um e outro. É tudo uma questão de gosto e, claro, bom senso.

Mas para não errar na escolha, vale a pena conhecer a diferença entre os dois. Os ativos foram desenvolvidos para solucionar a perda de sinal, o que justifica o pré-amplificador, que gera mais ganho na saída do som, além de possibilidades de equalizar grave, médio, agudo e - se houver um sistema paramétrico – a garantia de conseguir tocar em diferentes timbres.
Além disso, alguns sistemas ativos, como os da Alembic, por exemplo, possibilitam mudanças de timbre.

Uma característica estética bastante peculiar dos ativos é o maior número de botões e a necessidade de uma bateria de 9 volts.

Já os passivos geralmente têm o timbre mais definido, puxam mais médios (dependendo do captador, claro), além de serem mais receptíveis ao som que a madeira do instrumento gera.

Portanto, comprar um contrabaixo pode não ser tão simples quanto parece. O primeiro passo para não errar na escolha, é saber exatamente o tipo de som que você pretende obter.

Caso a sua pretensão seja tocar o bom e velho rock´n´roll, os modelos passivos Jazz Bass e Precision caem como luva. Possuem um som bastante roncado, característico do estilo. Agora, se a sua ideia é tocar samba ou baião, por exemplo, a dica é optar por um baixo de cinco cordas com um bom e potente sistema ativo. Com certeza o seu grave se sobressairá.

CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS PARA CONTRABAIXO

Captadores passivos – Não necessita de bateria para funcionar. O som da madeira exerce maior influência do que nos captadores e sistemas ativos.

Captadores ativos – garantem um ganho por meio de um pré-amplificador que casa a impedância do som das cordas. O sistema não funciona sem a instalação de uma bateria de 9 volts.

Captadores passivos com circuito ativo – Neste esquema o sinal dos captadores passa por um pré-amplificador e equalizador. Em sistemas como este, é possível (e aconselhável) a instalação de uma chave para desligar o sistema ativo, deixando apenas o som dos captadores passivos.

Captadores ativos com circuitos ativos – Conhecido como sistema 18v, pois necessita de uma bateria para os captadores e outra para o sistema.

CUIDADOS ESPECIAIS

Todo circuito elétrico, independentemente de ser ativo ou passivo, merece cuidados especiais. Os ativos, porém, são mais delicados. Por tanto, ao limpá-lo com álcool isopropilico, não se esqueça de desconectar a bateria de alimentação. Casos contrário, o líquido poderá ocasionar um curto circuito, possivelmente fatal para a peça.

Para quem mora no litoral, a dica é deixar na caixa do sistema uma saquinho de sílica para diminuir a umidade e salubridade do ar.

Um abraço e até a próxima!

Procure sempre saber a escola e conhecer o trabalho de seu luthier

Um comentário:

  1. Se tratando de guitarra da pra instalar um captador ativo na ponte e um passivo no braço?

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