segunda-feira, 30 de junho de 2014

MADEIRAS ALTERNATIVAS

Este texto é dedicado aos músicos mais nacionalistas e que não se importam com a tradição quando o assunto é construção de instrumentos de arco.

A proposta é apontar as madeiras brasileiras que podem ser substitutas de alta qualidade e desempenho às tradicionais espécies utilizadas nestes instrumentos: ébano, boxwood, ácero (maple e átiro) e abeto (também conhecido como spruce).

Para isso, elaboramos uma copilação de vários estudos nacionais e internacionais sobre diversas caraterísticas relevantes de madeiras de todo o globo, como ressonância, densidade, velocidade de propagação do som, elasticidade, grã, mecânica, resistência entre outras.

O resultado é que a biodiversidade brasileira - a mais rica do mundo - de fato guarda verdadeiras jóias sonoras, desde que trabalhadas corretamente.


CASTANHA DE ARARA, SORVA E MARUPÁ

A marupá já entrou no gosto popular, apesar de ser uma madeira estéticamente sem graça. As três madeiras que nomeiam essa retranca podem ser utilizadas no tampo de violinos, violas, violoncelos e contrabaixos sem receios. Assim como o abeto elas possuem grã direita e textura média.  

A densidade das madeiras nacionais é bastante próxima à das tradicionais. Enquanto as variedades de abeto oscilam entre 0,40 e 0,43 g/cm³, as exemplares nacionais substitutas variam entre  0,38 e 0,39 g/cm³.

As brasileiras Faveira Tamboril e Morototó também são boas escolhas para o tampo.

É importante lembrar que o processo de corte, tratamento e contrução de instrumentos feitos com as madeiras nacionais alternativas devem receber um tratamento diferenciado, analisando questões físicas e mecânicas para que o resultado final seja satisfatório.
  

ANDIROBA, AMAPÁ DOCE E TACHI-PRETO FL

Essas madeiras são verdadeiras coringas, podendo ser utilizadas em várias partes de um violino, como o fundo, faixas laterais, braço e cavalete.

Elas substituem com excelência (desde que trabalhadas com respeito e atenção às suas características particulares) o ácero, sugar e rock maple, cujas densidades variam de  0,50 a 0,63 g/cm³.

IPÊ, CORAÇÃO DE NEGRO E JACARANDÁ

Esse forte trio de madeiras nacionais podem subsituir o apreciado ébano e o boxwood, na confecção de espelhos, estandartes, cravelhas, pestanas, e pinos.
Resistentes e de alto valor estéticos, são ótimas opções. 

14 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá, William
      Boa noite!
      Fico feliz que tenha gostado do blog.
      Obrigado pela confiança
      Abraço
      Vitor

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. existe outras madeiras brasileiras que também podem ser usadas em fundo de violino ?

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    4. Olá, Silvio
      Uma bastante apreciada é o louro-faia

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  2. existe outras madeiras brasileiras que também podem ser usadas em fundo de violino ?

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  3. existe outras madeiras brasileiras que também podem ser usadas em fundo de violino ?

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  4. Olá. Infelizmente, para mim, cheguei à sua página por acaso. Eu quero perguntar onde eu consigo estas madeiras de que você fala. Faço violas caipiras eventualmente, mas agora me aposentei e tenho o projeto de fabricar instrumentos de cordas para uma orquestra de jovens aqui onde moro. Eles ficam andando pelas ruas sem propósito e veem com simpatia a idéia. Música só faz bem. Agradeço qualquer informação que você possa me dar.

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  5. Boa tarde
    Excelente matéria
    Qual madeira e boa para cavalete de cello
    Obrigado

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  6. Passei por acaso nesta página ,gostei muito desta matéria,TB gostaria de saber onde adiquirir estás madeiras

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  7. Opa !!! Boa tarde !!! Sou Júlio Cézar, tenho jacarandá e tamboril por aqui .. (31) 985559182

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