Opa, caros navegantes!
Muitos clientes antes de pedirem para fazer uma blindagem em seu instrumento logo perguntam se este recurso o deixará com menos som. A resposta é “não”. Ao blindá-lo, todo o seu sistema elétrico é aterrado, o que elimina os ruídos e interferências geradas pelo campo eletromagnético.
Mas nem sempre este serviço é garantia de cancelamento de ruídos. Já presenciei casos de músicos que vieram à minha oficina e reclamaram da blindagem feita por outros profissionais, afirmando que ao invés de cortar os chiados, eles ficaram ainda mais acentuados. Isso acontece porque, se não for bem feita, a blindagem poderá virar uma verdadeira antena, fazendo com que o instrumento sintonize, até mesmo, estações de rádio.
Um bom serviço (que funcione de fato) requer atenção, capricho e materiais de ótima qualidade. Folhas e placas de cobre ou latão são as mais indicadas, além da utilização de fio com terra ou, então, o chamado “fio nu”. Porém, muitos luthiers, para economizar material e mão-de-obra, adotam finos papéis de alumínio (tipo Rochedo) de baixa qualidade, em alguns casos banhados a cobre. O problema é que estes materiais são muito frágeis, rasgam com facilidade, além de não aderirem bem o estanho da solda, facilitando o que chamamos de “solda fria”.
Vale esclarecer que nem sempre a melhor blindagem do sistema elétrico elimina todos os ruídos. Isso porque, qualquer espécie de bobina (de captação, claro) pode sofrer interferências eletromagnéticas. E é justamente por isso que o captador tipo single coil capta chiados de equipamentos elétricos próximos a ele, em especial amplificadores. Mas para evitar esse problema, o captador deve ser também blindado e, após a blindagem, os chiados serão minimizados, principalmente se os captadores forem humbuckers, que garantem sempre um ótimo resultado.
Por isso, vai a dica: antes de blindar seu instrumento, procure um profissional capacitado e pergunte os materiais utilizados. Com certeza isso fará a diferença.
Vamos divulgar boa informação!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
LIMPEZA DO SISTEMA ELÉTRICO
Escrevi este artigo motivado por um cliente que, recentemente, mergulhou a chave seletora de sua “Les” em WD-40. Expliquei a ele sobre o quanto a sua ação poderia ter sido prejudicial a sua guitarra.
Sei que este erro não se restringe apenas ao universo de músicos curiosos e “aventureiros”. Já constatei que muitos profissionais (ou não), para limpar o sistema elétrico de um instrumento, utilizam spray de óleo, tipo WD-40.
Acontece que nem de longe esta é a melhor opção. Em um primeiro momento, o produto pode remover a sujeira dos potenciômetros e das chaves seletoras. Porém, em pouco tempo, inevitavelmente uma quantidade maior de poeira se acumulará na peça, por ela estar com resquício de óleo. Portanto, o melhor produto para se limpar um sistema elétrico de um instrumento é o álcool isopropílico, que, por ser volátil, é de secagem rápida.
Para entender melhor o processo correto de limpeza do sistema elétrico, acompanhe o passo a passo a seguir. Porém, atenção: se você não possui conhecimento básico de eletrônica, não se aventure nesta tarefa, pois poderá ser funesta para o sistema elétrico de seu instrumento.
Sei que este erro não se restringe apenas ao universo de músicos curiosos e “aventureiros”. Já constatei que muitos profissionais (ou não), para limpar o sistema elétrico de um instrumento, utilizam spray de óleo, tipo WD-40.
Acontece que nem de longe esta é a melhor opção. Em um primeiro momento, o produto pode remover a sujeira dos potenciômetros e das chaves seletoras. Porém, em pouco tempo, inevitavelmente uma quantidade maior de poeira se acumulará na peça, por ela estar com resquício de óleo. Portanto, o melhor produto para se limpar um sistema elétrico de um instrumento é o álcool isopropílico, que, por ser volátil, é de secagem rápida.
Para entender melhor o processo correto de limpeza do sistema elétrico, acompanhe o passo a passo a seguir. Porém, atenção: se você não possui conhecimento básico de eletrônica, não se aventure nesta tarefa, pois poderá ser funesta para o sistema elétrico de seu instrumento.
• O primeiro passo é embeber o cotonete no álcool isopropílico. Em seguida penetre-o e esfregue-o na fêmea (jack), para remover toda a sujeira acumulada.
• Abra a tampa do sistema elétrico.
• Com a seringa, injete algumas gotas de álcool isopropílico em todas as entradas dos potenciômetros. Gire-o até que a sujeira seja removida. Proceda da mesma forma com a chave seletora.
• Se os ruídos não forem sanados, remova cuidadosamente a tampa dos potenciômetros e, com a seringa e um pincel fino, faça uma limpeza mais profunda. Mas apenas arrisque fazer isso se tiver certeza da sua capacidade e preparo técnico. Caso contrário, como já disse, poderá comprometer as peças eletrônicas de seu instrumento. Se este for o caso, o sensato é confiar seu instrumento nas mãos de um profissional capacitado e de sua confiança.
• Nem sempre problemas de ruídos estão relacionados à limpeza do sistema. Se o problema persistir, é porque está na hora de trocar a peça.
• Em cidades litorâneas, como Santos (onde os componentes eletrônicos enferrujam e oxidam com facilidade), o ideal é que uma limpeza de manutenção seja feita a cada seis meses, no máximo a cada ano.
Abraços
segunda-feira, 16 de maio de 2011
TROCA DE CORDAS
Opa, caros leitores!
Neste texto abordaremos a troca de cordas como ação fundamental para a preservação da regulagem de seu instrumento.
O principal problema nesta hora é que, no afã de ouvir o timbre metálico e cristalino de cordas novas, a maioria dos músicos simplesmente pegam um alicate e cortam todas as velhas.
O velho dito “a pressa é inimiga da perfeição”, apesar de ser um clichê e tanto, cai como luva nessa questão. Ao remover todas as cordas de uma só vez, o músico que não tem conhecimento do funcionamento estrutural de seu instrumento mal sabe que o tensor puxará o braço para trás.
Para garantir longa vida à regulagem, o ideal é trocar as cordas uma de cada vez, conforme o passo a passo a seguir:
Afine seu instrumento.
Remova a “mizona”, apenas.
Coloque a nova corda.
As cordas devem dar de duas a quatro voltas no eixo da tarraxa, de cima para baixo. Assim, elas não ficarão emboladas, garantindo a manutenção da afinação do instrumento.
Após a substituição da corda, puxe-a com força, mas não o suficiente para arrebentá-la, lógico. A seguir, afine não apenas a “mizona”, mas, também, todas as outras cordas, para manter a tensão desejável do braço.
Faça este procedimento com todas as outras, uma de cada vez, da mais grave para a mais aguda.
Boa sorte e até mais!
Neste texto abordaremos a troca de cordas como ação fundamental para a preservação da regulagem de seu instrumento.
O principal problema nesta hora é que, no afã de ouvir o timbre metálico e cristalino de cordas novas, a maioria dos músicos simplesmente pegam um alicate e cortam todas as velhas.
O velho dito “a pressa é inimiga da perfeição”, apesar de ser um clichê e tanto, cai como luva nessa questão. Ao remover todas as cordas de uma só vez, o músico que não tem conhecimento do funcionamento estrutural de seu instrumento mal sabe que o tensor puxará o braço para trás.
Para garantir longa vida à regulagem, o ideal é trocar as cordas uma de cada vez, conforme o passo a passo a seguir:
Afine seu instrumento.
Remova a “mizona”, apenas.
Coloque a nova corda.
As cordas devem dar de duas a quatro voltas no eixo da tarraxa, de cima para baixo. Assim, elas não ficarão emboladas, garantindo a manutenção da afinação do instrumento.
Após a substituição da corda, puxe-a com força, mas não o suficiente para arrebentá-la, lógico. A seguir, afine não apenas a “mizona”, mas, também, todas as outras cordas, para manter a tensão desejável do braço.
Faça este procedimento com todas as outras, uma de cada vez, da mais grave para a mais aguda.
Boa sorte e até mais!
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